"Oroborus é a imortalidade e também o renascimento, é o infinito... A negação da morte e a sua afirmação mais contundente. A metáfora absoluta da renovação do ser que se consome e alimenta no mesmo ciclo, renova-se fortalecida com a própria exaustão como a sabedoria que amadurece quando se desfaz das folhas secas e fortalece as raízes e galhos para conquistar os novos tempos." [1]
Helena Sut
Re-utilize é uma proposta de estudo, pesquisa, trabalho e reflexão coletiva em torno dos resíduos que produzimos e sobre possibilidades de aproveitamento dos mesmos. Portanto, não é uma iniciativa inusitada, dado que neste sentido muitas tem sido as iniciativas nos últimos anos, no Brasil e no mundo. A particularidade do Re-utilize se localiza no fato de que em um primeiro momento concentrará seu objetivo no aproveitamento dos resíduos materiais gerados pelo próprio sistema acadêmico – neste caso o aproveitamento dos banners e posters criados e utilizados em seminários, colóquios, cursos, publicidade e informação acadêmica – e a partir deles criar uma linha de objetos utilitários acadêmicos, tais como bolsas estudantis, mochilas, pastas para eventos, capas para computadores portáteis, estojos para periféricos e material escolar.
Esta primeira etapa é emblemática, ou, quer ser paradigmática... Criar objetos a partir dos resíduos gerados, e voltar a inseri-los em seu lugar de uso original, com os resíduos memoriais de sua atividade anterior, significa mais que fazer um aproveitamento de um lixo problemático (vinil, plástico, poliéster). Significa transformar o resíduo em mensagem e uma presença ativa sobre nossas ações e nossos problemas ambientais mais prementes.
(Re) Utilizamos como referência para nossas ações, o Oroborus, ou ouroborus... e tantas outras variações. Não importa... é a cobra que morde o própria cauda, para o bem ou para o mal... Mas sempre em um movimento infinito, contínuo, gerador de vida e de morte.
Os membros do Re-utlize não são Designers. Em sua maioria são formados ou são acadêmicos em Artes Visuais e por esta razão, para levar adiante o projeto, terão que estudar muito, contar com colaborações de todo o tipo: materiais, técnicas e tecnológicas. E isto será uma outra forma de re-utilizar: reutilizar procedimentos e conhecimentos de outras áreas, bem como o conhecimento empírico de pessoas da comunidade do Rio Grande.
Sabemos que isto não será um problema. Nós, por nossa parte entramos com a iniciativa (o projeto estruturado e aprovado junto ao Departamento de Letras e Artes da FURG), com conhecimentos específicos em Artes Visuais, em História e Crítica da Arte, com conhecimento em história da sociedade, e com muita vontade de trabalhar... a cobra morde a cauda...
Esta primeira etapa é emblemática, ou, quer ser paradigmática... Criar objetos a partir dos resíduos gerados, e voltar a inseri-los em seu lugar de uso original, com os resíduos memoriais de sua atividade anterior, significa mais que fazer um aproveitamento de um lixo problemático (vinil, plástico, poliéster). Significa transformar o resíduo em mensagem e uma presença ativa sobre nossas ações e nossos problemas ambientais mais prementes.
(Re) Utilizamos como referência para nossas ações, o Oroborus, ou ouroborus... e tantas outras variações. Não importa... é a cobra que morde o própria cauda, para o bem ou para o mal... Mas sempre em um movimento infinito, contínuo, gerador de vida e de morte.
Os membros do Re-utlize não são Designers. Em sua maioria são formados ou são acadêmicos em Artes Visuais e por esta razão, para levar adiante o projeto, terão que estudar muito, contar com colaborações de todo o tipo: materiais, técnicas e tecnológicas. E isto será uma outra forma de re-utilizar: reutilizar procedimentos e conhecimentos de outras áreas, bem como o conhecimento empírico de pessoas da comunidade do Rio Grande.
Sabemos que isto não será um problema. Nós, por nossa parte entramos com a iniciativa (o projeto estruturado e aprovado junto ao Departamento de Letras e Artes da FURG), com conhecimentos específicos em Artes Visuais, em História e Crítica da Arte, com conhecimento em história da sociedade, e com muita vontade de trabalhar... a cobra morde a cauda...
Não sabemos ainda até aonde poderemos chegar, ou mesmo se vamos conseguir concretizar nossos principais objetivos, mas o início dos trabalhos tem sido marcado por muitas boas energias traduzidas especialmente pelo retorno acadêmico que temos recebido: foram tantas as mensagens de apoio, de incentivo e colaboração que até ficamos assustados. Muito mais do que havíamos esperado. Já somos um número significativo de pessoas e temos um bom contingente de matéria-prima, o suficiente para começarmos as investigações para a linha de produtos acadêmicos e, pasmem, para darmos início ao primeiro projeto de trabalho, já em andamento: a confecção das pastas para a Semana Acadêmica das Artes Visuais (isto não estava os planos, mas é assim, um projeto sempre tem pernas próprias, autonomia, não pode e não deve ser engessado).
Logo, logo vamos veicular a logomarca do projeto (ela está sendo desenvolvida e discutida pelo grupo e o processo é coletivo, demanda diálogo e tempo pois deverá satisfazer a todos), através da qual vamos nos identificar em nossos produtos e correspondências.
Logo, logo vamos veicular a logomarca do projeto (ela está sendo desenvolvida e discutida pelo grupo e o processo é coletivo, demanda diálogo e tempo pois deverá satisfazer a todos), através da qual vamos nos identificar em nossos produtos e correspondências.
Por ora vamos usar este blog, uma colaboração da Roberta Cadaval. Mas queremos, logo que possível, (e a Roberta diz que sim!) e a medida que o projeto crie pernas mais fortes, criar um site... sem pressa... temos todo o tempo do mundo.
O nosso lugar de trabalho é provisório. Estamos (re) utilizando a sala de pintura as sextas-feiras pela tarde. O lugar definitivo dependerá do ritmo, do volume de trabalho, e especialmente de encontrar o local mais adequado. Estamos nisto....
Bem, por agora era isto. Vamos anexar a documentação das atividades já a partir de agora, e sempre que possível.
Bem, por agora era isto. Vamos anexar a documentação das atividades já a partir de agora, e sempre que possível.
Para concluir: O projeto é aberto a todos aqueles que tenham afinidade e interesse com a iniciativa, e a colaboração pode se dar de muitas maneiras, com matérias-primas, recursos em geral, tecnologias e mão de obra.
“Um símbolo que sobrevive aos extremos. Seja o círculo ou a sinuosidade de um oito vivo, seja a serpente que devora ou a que se lança de si... Sem começos ou fins, a serpente é uma alegoria única, contínua, um elo inquebrantável que quando percebido transforma a compreensão da existência numa perene filosofia, faz a experiência humana se ornar com as sagradas e profanas vestes de um constante principiante e traz à lembrança os sonhos à espera de realizações.” [2]
Teresa Lenzi
[2] idem.
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